AZUL INFINITO OU INFINITO AZUL PARTILHO DA CONVICÇÃO DE

AZUL INFINITO OU INFINITO AZUL PARTILHO DA CONVICÇÃO DE
¿QUÉ ES EL INFINITO? EL HOTEL DE HILBERT
de-los-libros-de-cristal-de-agartha-el-ocho-infinito

EL MERCADO HIPOTECARIO NO ES INFINITO PERO LO PARECE
ESPACIO ZERO LA NADA VS EL INFINITO EN PRIMER
L’INFINITO 1) FORMALMENTE L’INFINITO È UN IDILLIO (COSÌ LO

Partilhar o gozo da descoberta de que para além da literatura, a pintura é o espelho e, ao mesmo tempo, a arqueologia da humanidade, surge quase epigrafe na recusa do esmorecimento da certeza dos labirintos da água, pois que quando não houver dia nem noit

AZUL INFINITO OU INFINITO AZUL




Partilho da convicção de Luís Cardoza y Aragón que “a poesia é a única prova concreta da existência do Homem” mas o gozo dessa afirmação conduz-me a outra, que poesia e pintura são o espelho e, ao mesmo tempo, arqueologia da humanidade. E essa quase epígrafe é recusa ao esmorecimento na certeza dos labirintos da água pois quando não houver dia nem noite ou muralha ao redor do Tempo, a crença na arte será a salvação, se considerarmos que a vida é muitas vezes uma ferida absurda e tudo é demasiado fugaz não fosse a certeza na construção de uma escultura habitável. E olhando o nosso Tempo, que fé ou fé em quê, poderá mover a humanidade ameaçada de desaparecimento, a empreender uma Obra destinada a gerações que muitos consideram impossível de imaginar? É esta água de pedra inundada de luz que parece cair do umbigo da terra escrevendo uma caligrafia solar que desejo entender neste azul infinito ou infinito azul que acolhe os raios cósmicos como experimentando um Universo de júbilo pela nostalgia do que terá sido a Criação do Mundo. E este azul nostálgico parece querer escapar ao mundo de azedume que nos cerca; este azul da Pátria mais íntima da linguagem humana que deseja devolver um passado intacto; este azul que por vezes escapa para as cinzas como a contradizer Quevedo quando lembrava que as cinzas dos ossos jamais terão sentido ou Rimbaud que declarava que as vogais não têm cores. Porém, um azul anunciador de pequenas auroras como o anunciaram em cada tempo e em cada época todos os grandes mestres, sempre partindo de uma mancha, pois já Leonardo dizia que não é o modelo que se deve copiar mas a mancha de humidade no muro que está por detrás. A imagem nasce da alucinação e aparece, efémera, e aquele que a recebe transforma-a de novo, emergindo espaços que uns não entendem mas neles moram as forças que tantas vezes desconhecemos de onde vêm e, perante a serenidade ou doçura, o mundo reformula o silêncio dominado pelos movimentos das formas que podem ser línguas de fósseis falantes numa dança encantatória que desvenda o mundo espantoso narrado pelo artista que nos parece querer lembrar de que, à origem de onde partimos, regressaremos um dia, cedendo-nos para essa viagem a sua bússola secreta e o navio que atravessa oceanos de glória. A liberdade chega singular mas como na poesia está onde passa o mistério e onde acontece o inimaginável, num humilde desejo de felicidade ou mesmo na liberdade de renúncia a esse desejo de felicidade. Eis-me testemunha de um momento mais na reconstrução do mundo, convertido naquele que olhou uma onda no filtro do invisível e seguiu com o coração para onde os matemáticos seguem com a razão. Há neste azul, repito, azul infinito ou infinito azul, a impressão digital — única, forte — de um criador que não se limita a insinuar mas reescreve porque sabe da urgência em ordenar tudo como se ordenássemos a infância ou um país disperso, que sabe que os homens sempre viveram nomeando as coisas, e o pintor como o poeta, procura perceber porque deseja comunicar a maravilha, cruzando o mistério sem mais fé que a sua linguagem própria, e talvez por isso se atreva ao achamento do sublime para comprovar que existe, acreditando que chegará o dia em que a humanidade se amará como um só casal mesmo na ausência de um tempo geológico. Rui Melo não se detém na contemplação pois, pior do que a morte, é limitarmo-nos como dizia Torga, “a investidas de namoro à natureza quando a natureza provavelmente desconhece que existimos”. Ao fim a consciência — porque consciência do artista maior — que a arte é uma forma de abolição do caos.




Ivo Machado

Biscoitos, 28 de Agosto de 2005


LÍMITES EN EL INFINITO ASÍNTOTAS DE UNA CURVA 1)
PROBLEMA DE ELECTROSTÁTICA SEAN 5 PLANOS INFINITOS CARGADOS CON


Tags: infinito ou, ou infinito, infinito, partilho, convicção