A FORMAÇÃO DE REDES PARA O DESENVOLVIMENTO DO TERCEIRO

Methodologias de Investigação Aplicadas à Gestão de Informação 19992000






Redes de organizações no terceiro setor

A formação de redes para o desenvolvimento do terceiro setor


CRISTIANO ROCHA HECKERT1


MÁRCIA TERRA DA SILVA2


  1. Introdução: A revolução das redes

As últimas décadas têm presenciado a internacionalização das relações comerciais e produtivas, levando a substancial reestruturação econômica e organizacional nos mercados. Castells (1999) compara este período, ainda não terminado, a outros momentos de ruptura no modelo econômico-social, como o surgimento do capitalismo no século XVI e a Revolução Industrial no século XVIII. Segundo o autor, estamos testemunhando um ponto de descontinuidade histórica, caracterizado pela emergência de um novo paradigma organizado em torno das tecnologias da informação e comunicação. Uma das conseqüências desta revolução é o fortalecimento do conceito de “rede”.

A palavra rede vem do latim retis, que significa o entrelaçamento de fios com aberturas regulares, formando uma espécie de tecido (Fernandes 2004). No mundo organizacional, a rede é um “conjunto de nós interconectados... capazes de expandir de forma ilimitada, integrando novos nós desde que consigam comunicar-se dentro da rede, ou seja, desde que compartilhem os mesmos códigos de comunicação como, por exemplo, valores ou objetivos de desempenho” (Castells 1999, p.566). Os nós ou pontos da rede são as organizações (e seus participantes) e as teias que ligam os pontos são os fluxos de informação (Ayres 2002).

A arquitetura de redes inova na forma de relacionamento entre organizações, tornando-as mais flexíveis e adaptativas às constantes e abruptas mudanças no ambiente. As atividades econômicas passam a ser compartilhadas entre instituições que, embora subsistam como unidades autônomas, articulam-se sob as mais variadas formas para desempenhar as funções de produção, comercialização e consumo. Conforme coloca Castells (1999, p.229, 163), “o modelo empresarial em rede global... tornou-se, na virada do século, o modelo predominante para os concorrentes mais bem-sucedidos da maioria dos setores do mundo... Assim, os segmentos dominantes da maioria dos setores de produção (tanto bens, quanto serviços) estão organizados mundialmente em seus procedimentos operacionais reais, formando o que Robert Reich rotulou de ‘a rede global’”.

Não são somente as empresas com fins lucrativos que podem beneficiar-se da organização em redes. Segundo Casttels (1999, p.89), “a lógica do funcionamento de redes, cujo símbolo é a Internet, tornou-se aplicável a todos os tipos de atividades, a todos os contextos e a todos os locais que pudessem ser conectados eletronicamente”. Este movimento, que atinge toda a sociedade contemporânea, tem-se refletido também no terceiro setor, conforme discutido a seguir.


  1. A importância da articulação no terceiro setor

As organizações sem fins lucrativos ganham cada vez mais destaque na sociedade. Não sendo órgãos públicos, nem tampouco empresas orientadas para a lucratividade, ocupam um terceiro espaço, entre o público e o privado, combinando características de ambos. Dentre as inúmeras denominações que este grupo de entidades tem recebido, a expressão preferida e que tende a ganhar maior reconhecimento é “terceiro setor” (Landim & Beres 1999).

Diversos autores apresentam conceituações de terceiro setor. A que tem recebido maior destaque, por seu rigor acadêmico, é a definição “estrutural-operacional” de Salamon & Anheier (1997). Com base em pesquisa realizada com organizações sem fins lucrativos em 22 países, os autores apresentam cinco características que de alguma forma devem estar presentes em todas elas:

Esta definição engloba grande variedade de organizações. Para agrupar e classificar as entidades sem fins lucrativos, diversas tipologias têm sido propostas. Hudson (1999), por exemplo, apresenta uma classificação baseada na finalidade principal da organização, exibida na tabela 1.






Grupo

Descrição

Prestadoras de serviços

Buscam compreender as necessidades dos usuários e oferecer serviços para satisfazê-las

Apoio mútuo3

Oferecem serviços aos seus próprios membros

Promotoras de campanhas

Atuam na promoção ou defesa de uma causa ou direito

Tabela 1: Classificação das organizações do terceiro setor segundo sua finalidade. Fonte: Hudson (1999).


Embora tenha crescido de forma significativa nos últimos anos, o terceiro setor brasileiro ainda é caracterizado pelo amadorismo e voluntarismo na gestão. É premente a necessidade de estudos e pesquisas que não somente “importem” para o setor sem fins lucrativos conceitos e ferramentas desenvolvidos originalmente para a administração de empresas e/ou de entidades públicas, mas desenvolvam uma base de conhecimento especializada para a gestão daquelas instituições.

Em trabalho pioneiro neste sentido, Falconer (1999) se propõe a analisar a “promessa do terceiro setor” no Brasil, ressaltando alguns aspectos relevantes para o estudo da gestão nestas organizações. O autor identifica quatro pontos principais, que englobam uma série de ações e devem ser estudados em profundidade. Constitui-se, assim, uma agenda para a formação de conhecimentos específicos de administração de organizações sem fins lucrativos (tabela 2).


Desafio

Descrição

Accountability

Necessidade de transparência e responsabilidade da organização em prestar contas perante os diversos públicos que têm interesses legítimos diante dela

Sustentabilidade

Capacidade de captar recursos – financeiros, materiais e humanos – de maneira suficiente e continuada, e utilizá-los com competência para perpetuar a organização e permiti-la alcançar seus objetivos

Qualidade dos serviços

Uso eficiente dos recursos e avaliação adequada do que deve ser priorizado, em função dos recursos disponíveis, das necessidades do público e das alternativas existentes

Capacidade de articulação

Formação de redes, fóruns, associações, federações e grupos de trabalho, de forma real ou virtual, permitindo articulação e intercâmbio de informação

Tabela 2: Desafios de gestão para organizações do terceiro setor. Fonte: Falconer (1999).


Com relação à capacidade de articulação, Falconer (1999, p.135) afirma que “as organizações do terceiro setor não poderão mais atuar de forma isolada se pretenderem abordar de forma séria os complexos problemas sociais para os quais são geralmente criadas... O paradigma do século XX segundo o qual problemas são melhor enfrentados por organizações formais é, aos poucos, substituído por um modelo que enfoca a necessidade de articulação em redes. Em lugar de privilegiar o espaço organizacional, olha para as relações: entre indivíduos, grupos, organizações, setores”.

Neste contexto, as entidades sem fins lucrativos têm procurado se articular em fóruns, redes, associações e outros espaços de interação, com diversos objetivos, conforme discutido a seguir.


  1. Objetivos da articulação em redes no terceiro setor

Segundo Adulis (2002), a formação de redes no terceiro setor traz diversos benefícios, sendo os principais:

Em primeiro lugar, articular-se com outras entidades fortalece a organização do terceiro setor. Fazer parte de uma rede reconhecida em âmbito local, nacional ou internacional confere à instituição maior credibilidade perante seus stakeholders ou públicos interessados (potenciais clientes, voluntários, financiadores, Estado, etc.).

Além disto, participar de uma rede confere publicidade às ações. Muitas organizações do terceiro setor têm sua missão baseada na defesa de uma causa ou direito. São as chamadas “ONGs cidadãs” (Gohn 1997) ou “organizações promotoras de campanhas” (Hudson 1999). Para estas entidades, a articulação em redes é uma forma importante de criar massa crítica e difundir sua causa.

Outro objetivo da articulação é o compartilhamento de recursos, uma vez que o pequeno porte e o orçamento limitado bloqueiam o acesso de muitas organizações aos recursos de que necessitam. Um dos principais benefícios das redes no terceiro setor é assegurar condições de sobrevivência e desenvolvimento para entidades que, devido a suas limitações de ordem dimensional, estrutural e financeira, dificilmente conseguiriam sobreviver se atuassem de forma isolada. Agrupando-se, elas podem compartilhar recursos, garantindo, umas às outras, o acesso a instrumentos aos quais não teriam isoladamente.

Porém, mais que recursos, as redes podem ser, também, espaço para as organizações do terceiro setor compartilharem conhecimentos e adquirirem capacitação. Conforme coloca Razeto (2000, p.13), “é necessário que o que está nos livros e na consciência de poucos seja difundido, conhecido, estudado e enriquecido, para que cumpra eficazmente sua importante função... cabem aqui múltiplas iniciativas de formação e capacitação, de encontro e intercâmbio de experiências, de elaboração de metodologias e conteúdos, da formação de redes e da criação de organizações que podem ser desdobradas em múltiplos centros”.

Dufloth (2004) acrescenta que não basta pensar na informação apenas como elemento de conexão nas redes de conversações. A informação deve levar à mudança de conceitos e percepções, com potencial de provocar repercussões de amplitudes imprevisíveis. Conforme ressalta Ayres (2002, p.3), “participar de uma rede organizacional envolve algo mais do que apenas trocar informações a respeito dos trabalhos que um grupo de organizações realiza isoladamente. Estar em rede significa realizar conjuntamente ações concretas que modificam as organizações para melhor e as ajudam a chegar mais rapidamente a seus objetivos”. Surge, então, a noção de inteligência coletiva, segundo a qual o conhecimento e a capacidade de criação local são ampliados pela atuação de cada participante envolvido em redes.

Fernandes (2004, p.2) vai ainda mais longe, ao afirmar que “participar de uma rede organizacional envolve, portanto, algo mais do que apenas trocar informações a respeito dos trabalhos que um grupo de organizações realiza isoladamente. Estar em rede significa comprometer-se a realizar conjuntamente ações concretas, compartilhando valores e atuando de forma flexível, transpondo assim, fronteiras geográficas, hierárquicas, sociais ou políticas”.

Contudo, a participação das organizações nas redes é influenciada por algumas caracteríticas típicas do terceiro setor, como discutido a seguir.


  1. Especificidades do terceiro setor e seu impacto nas redes formadas por estas organizações

. Conforme colocam Brown & Kalegaonkar (2002), os pontos fortes de um setor estão intimamente relacionados com suas fraquezas. O objetivo aqui não é discutir se as especificidades consideradas são boas ou ruins, mas identificar características distintivas do terceiro setor, relevantes nas redes formadas por estas organizações. São elas:


    1. Centralidade da missão

A missão representa papel preponderante nas organizações sem fins lucrativos. Enquanto, nas empresas de mercado, predomina a busca da lucratividade, o fator propulsor das iniciativas no terceiro setor é a identificação com a missão. Este elemento é tão forte que Mintzberg (1979) denomina estas entidades de “organizações missionárias”.

A missão aglutina profissionais, voluntários e financiadores, direcionando os esforços de todos para o seu cumprimento. Contudo, nem sempre todos os envolvidos com uma instituição possuem o mesmo entendimento quanto à sua missão. Esta compreensão costuma variar, principalmente entre os diferentes stakeholders. Quanto mais diverso for este entendimento, mais a organização estará sujeita a forças puxando-a em direções contrárias.

De forma semelhante, as organizações procuram aderir a redes identificadas com sua missão. Porém, o entendimento desta missão e do papel da rede certamente variará entre os membros da rede. Quanto maior a convergência de propósitos entre eles, maior a chance da rede ser bem sucedida.


    1. Financiamento dissociado da aquisição do serviço

Ao contrário das empresas, no terceiro setor quem recebe o serviço não é quem paga por ele. Em geral, os beneficiários recebem serviços gratuitos, que são pagos com recursos doados pelos financiadores.

Muitas organizações sem fins lucrativos aderem às redes com a expectativa de receber algum aporte de recursos, seja diretamente da rede, seja pela intermediação com um doador a quem a entidade não teria acesso direto. Nesta situação, cria-se uma relação de dependência entre a organização-membro e a rede, que influencia a forma como a organização participa da rede.


    1. Demanda superior à oferta

O financiamento dissociado da aquisição dos serviços traz duas consequências principais para as organizações do terceiro setor. A primeira é uma demanda praticamente ilimitada, contida apenas pela minimização de marketing e promoções do serviço. Apesar da recente expansão, a oferta de serviços pelo terceiro setor ainda é significativamente menor que a demanda. A formação de redes entre organizações é uma alternativa para otimizar as ações, tornando a prestação de serviços mais eficiente e alcançando maior número de beneficiários.


    1. Multiplicidade de stakeholders

A outra consequência do financiamento dissociado da aquisição é a necessidade de atender a múltiplos stakeholders com diferentes expectativas, como financiadores, beneficiários, profissionais, voluntários, familiares dos beneficiários e governo, todos eles, de alguma forma, representando o papel de cliente, o que gera grande sobrecarga. Freqüentemente, a entidade se vê diante do dilema de priorizar o atendimento ao beneficiário (razão para a qual existe) ou ao financiador (que garante sua sobrevivência).

Participando de uma rede, a organização adiciona mais uma frente (ou várias) à sua gama de relacionamentos. Diante disto, para que seja viável, a rede deve se estruturar de forma a exigir poucos esforços para a manutenção dos relacionamentos e a participação de seus membros.


    1. Valorização da democracia e da participação

A participação democrática é muito valorizada no terceiro setor. Para Tenório (2000), a diferença entre a gestão nestas organizações e nas empresas é que, nas primeiras, além do atendimento das necessidades dos beneficiários, deve-se buscar também a promoção da democracia e da cidadania. As entidades sem fins lucrativos precisam ser geridas dentro de uma perspectiva de emancipação do homem, do cidadão, que vai além do enfoque de “consumidor” ou “cliente”.

No terceiro setor, a forma como o processo é conduzido é tão importante quanto os resultados alcançados. A gestão das redes formadas no terceiro setor deve respeitar este princípio, pois a metodologia empregada (mais participativa ou mais centralizada) é fundamental para ajudar ou dificultar o alcance dos objetivos: iniciativas conduzidas de forma autoritária surtirão efeito bem menor do que mecanismos que privilegiem a participação e a construção coletiva.


    1. Necessidade de accountability

Outro aspecto relevante no terceiro setor é a necessidade de accountability nas ações. Este termo, que não encontra tradução precisa em português e, por isto, tem sido usado por diversos autores na sua forma original inglesa, refere-se “à necessidade de transparência e ao cumprimento da responsabilidade da organização [do terceiro setor] de prestar contas perante os diversos públicos que têm interesses legítimos diante dela” (Falconer 1999, p.132).

A transparência é crucial para as entidades que trabalham com doações, pois os financiadores querem ter certeza de que seu dinheiro será empregado no desenvolvimento da missão, segundo suas expectativas. Utilizando formas democráticas de transferência do conhecimento, as organizações do terceiro setor tornam públicas suas ações, aumentando a accountability perante seus stakeholders.


    1. Pequeno porte e fragmentação

Segundo Yanacopulos (2005), nos Estados Unidos da América, 70% das organizações sem fins lucrativos possuem orçamento anual inferior a US$ 500 mil. Semelhantemente, a organização típica do terceiro setor brasileiro é muito pequena, tanto em termos de recursos financeiros, quanto em número de profissionais e voluntários de que dispõe (Falconer 1999). Muitas surgem da iniciativa pessoal de um líder ou de um pequeno grupo, fortemente motivados por uma visão, mas que mantêm a operação do serviço com pouquíssimos recursos.

Ser pequeno apresenta como grande vantagem a proximidade com os beneficiários. Por outro lado, para Yanacopulos (2005), o pequeno porte é um fator de ineficiência na medida que impede ganhos de escala. O foco restrito resulta na utilização ineficiente de recursos escassos (Brown & Kalegaonkar 2002). É comum encontrar em um mesmo bairro várias organizações trabalhando com a mesma população, com o mesmo objetivo, mas financiamentos de diferentes fontes. A articulação destas ações fragmentadas em redes de cooperação pode otimizar o uso dos recursos e potencializar significativamente seu impacto social (Ayres 2002).


    1. Escassez de recursos

Como em todas as iniciativas no terceiro setor, a sustentabilidade é questão crítica nas redes. Como não possuem fontes próprias de receita, a maioria das redes cobra uma contribuição periódica dos membros para seu sustento. O valor pedido é geralmente baixo, mas pode se tornar inibidor à participação, uma vez que o orçamento das instituições é bastante limitado. A contribuição deve ser a menor possível, sendo requerida somente se for absolutamente indispensável.

Para isto, é necessário que a rede possua custos de operação mínimos. Deve-se, sempre que possível, utilizar a infra-estrutura de pessoal, instalações e equipamentos das organizações, contabilizando este usufruto como doação de cada membro. Esta é uma forma de colaboração mais factível para as organizações do terceiro setor do que as doações em dinheiro e, portanto, mais viável para a operação da rede.


  1. Conclusão

A articulação em redes pode trazer grandes benefícios para as organizações do terceiro setor. Além de ampliar a visibilidade e o alcance das ações, as redes permitem o compartilhamento de recursos escassos e, principalmente, de conhecimentos e experiências. Contudo, o terceiro setor apresenta especificidades que o distinguem estas organizações dos órgãos públicos e das empresas de mercado. Entender estas especificidades e abordá-las de maneira adequada durante a constituição das redes é fator fundamental para alcançar os objetivos almejados.


Referências bibliográficas

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1 Doutorando em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. E-mail: [email protected]

2 Professora Doutora do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

3 Existe uma discussão na literatura com relação às entidades de apoio mútuo. Não desconsiderando sua importância na sociedade, alguns autores questionam sua inclusão no terceiro setor. Entre estes estão Salamon & Anheier (1997), para quem a finalidade pública deve ser uma característica distintiva das organizações do terceiro setor. Já outros autores, como Coelho (2000), admitem sua inclusão no terceiro setor, mas ressalvam que é necessário fazer distinção entre organizações de interesses coletivos e de interesses públicos.





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