DEFINIÇÕES DE SEMIÓTICA A MENSAGEM PLÁSTICA ALÉM DE SER








DEFINIÇÕES DE SEMIÓTICA


A MENSAGEM PLÁSTICA, além de ser a matéria de expressão da mensagem icónica, os elementos plásticos das imagens são também signos plenos e integrais de expressão da mensagem publicitária, que entendem a textura, as formas, as linhas, as cores e a composição interna do anúncio. A MENSAGEM ICÓNICA corresponde às figuras que podemos identificar através da semelhança visual com o que representam, ou seja, figuras que constituem o anúncio. A MENSAGEM LINGUÍSTICA, no entanto, diz respeito à linguagem verbal, aos textos que podem acompanhar a mensagem visual e que muitas das vezes exercem um papel de ancorar o significado da imagem, ou seja, refere-se à relação do slogan com a própria imagem. A mensagem linguística é importante na interpretação de uma imagem na medida em que limita o campo das significações, à partida polissémicas, ganhando especial atenção pelas relações que pode estabelecer com a imagem. (Função de Âncora: corresponde àquilo que designamos por legenda. Esta mensagem indica aquilo que deve ser privilegiado entre as diferentes interpretações que uma única mensagem pode proporcionar).


Mensagem Plástica:

SUPORTE: O anúncio publicitário pode ser o papel de um jornal ou revista. O tipo de imprensa em que o anúncio se encontra e a forma como se insere no suporte traduz o público a que se dirige, o tipo de produto publicitado.

MOLDURA: Corresponde ao limite físico da imagem. A ausência de moldura estabelece uma imagem centrífuga que estimula uma construção imaginária – procedimento que remete para o universo cinematográfico. Por outro lado, a presença da moldura convida o leitor a entrar na profundidade ficcional, num processo de leitura centrípeta, que é o procedimento inspirado na fotografia. Em alguns casos a moldura é confundida com os limites do suporte e tem consequências no imaginário do espectador.

ENQUADRAMENTO: Corresponde ao limite da representação visual, ou seja, a dimensão da imagem como resultado da distância entre o tema fotográfico e a objectiva. Por exemplo se estamos perante um enquadramento vertical, estreito e total temos a impressão de grande proximidade; horizontal e largo dá uma impressão de afastamento.

ÂNGULO DO PONTO DE VISTA: Se a imagem/personagem está ao nível do olhar do espectador e é alta denota força do modelo, estando perante um contra picado. Se a imagem sugere um domínio do espectador estamos perante um picado.

FORMAS: traços, linhas – fineza; verticais – rigidez.

CORES: Quentes ou frias, sugerindo sempre significados e conotações.

ILUMINAÇÃO: Difusa e com falta de referências – generalização; Centrada e nítida – objectivação.

TEXTURA: De grão – táctil; textura lisa – torna a imagem visual.



A DENOTAÇÃO é a simples designação do objecto ao qual remete o significante limitando-se a dar a conhecer os significados gerais sobre um específico assunto. No entanto a CONOTAÇÃO equivale aos valores de ordem emotiva ou social que uma palavra, um objecto, uma cor ou um símbolo podem conter. As conotações podem variar de pessoa para pessoa ou de cultura para cultura, não tendo necessariamente que um indivíduo atribuir valores a um género de objecto e que outro seja obrigado a estabelecer os mesmos valores a esse assunto. Através da conotação explora-se outro fenómeno ao que podemos designar, segundo Barthes, de MITO. O MITO, num sentido generalizado e mais comum, é uma crença imaginária que se baseia na credulidade daqueles que a aceitam. Segundo este autor os mitos actuais são criados na publicidade, nas notícias e no cinema, e que têm como objectivo alterar os modos de pensar sobre as pessoas, culturas e objectos.


PERGUNTA 3 - EXAME MODELO

O ÍCONE é uma maneira de se referir algo por um meio de semelhança. É figuração simbólica de um objecto ou de uma pessoa, de forma a manter-se uma relação de similitude com o referente real. O ÍNDICE não é propriamente uma representação de um determinado objecto, no entanto este pode ser afectado por ele, tal como ilustra o exemplo mais significativo disso mesmo: o índice de fumo é sinal de que ocorre fogo. Não sendo um sinal convencional, como os signos linguísticos, o SÍMBOLO vive da expressão do seu ícone e dos afectos que lhe estão associados. O símbolo remete-nos para um imaginário desligado da realidade fornecendo um sentido aos acontecimentos ritualizados e permite associações na comunicação e na interacção, possibilitando unidades significantes.

PERGUNTA 4 - EXAME MODELO

A semiótica é a ciência que estuda os signos como sinais de comunicação. Os signos funcionam na base de um código. É o código que confere significado ao signo e permite que este faça parte de um conjunto facilmente identificado por todos. O código é uma convenção que estabelece modalidades de correlação e regras de combinação, pois os elementos relacionados são mutuamente independentes, sendo interpretantes. Existem códigos lógicos, estéticos e sociais. A semiótica é uma ciência do século XX com uma forte tradição clássica. Actualmente é aplicada em várias áreas do quotidiano: literatura, fotografia, teatro, música, cinema e nos media. Os jornais, a televisão, a internet e a publicidade são constituídos por signos. E por conseguinte representam, caracterizam ou denotam realidades. Somos homos significans - fazedores de significados através de signos. “We only think only in signs” (Pierce). A semiótica teve a sua origem na mesma época da filosofia e disciplinas relacionadas. Da Grécia até os nossos dias tem vindo a desenvolver-se continuamente, ao lado de outros saberes. Platão, os estóicos, Santo Agostinho e o português Pedro da Fonseca, são alguns dos pensadores da antiguidade que reflectiram sobre a semiótica, enquanto actividade interpretativa do entendimento e da significação ligada ao signo. Entre os modernos ganha especial lugar Locke, que foi o criador do termo semiótica e escreve Ensaio sobre o entendimento humano. No entanto, apenas no início do século XX com os trabalhos paralelos de Saussure e Pierce é que a semiótica começa a adquirir autonomia e o status de ciência. Saussure é o fundador da semiologia de tradição europeia e de inspiração linguística, apresentando uma concepção bipolar do signo e designa a semiótica como o estudo dos signos no meio social e as leis que conduzem o seu funcionamento, e é através dela que o ser humano consegue obter uma melhor percepção do que o rodeia, e assim desenvolver o seu espírito crítico consoante os seus códigos culturais. Para este autor, era na língua que se encontravam os mais importantes sistemas de signos. Hjelmslev é outro estruturalista do século XX, ele apresenta a forma do sistema semiótico. Pierce representa a tradição americana, o pragmatismo. Ao propor a concepção triádica do signo: ícone, índice e símbolo. Pierce chama a atenção para a componente do interpretante no processo semiótico. O Signo é constituído pelos: significado, significante e referente. Outros pensadores e linguistas que seguiram o exemplo do estudo tal como Peirce foi Morris que propôs o estudo da semiótica em três categorias: a SINTAXE, a SEMÂNTICA e a PRAGMÁTICA. Além da divisão dos signos em índice, ícone e símbolo, Peirce desenvolveu ainda outros dois termos sobre a interpretação de um signo segundo a sua expressividade e valores da sociedade, são elas: a DENOTAÇÃO e a CONOTAÇÃO. Através da conotação explora-se um outro fenómeno ao que podemos designar, segundo Barthes, de MITO. O mito, num sentido generalizado e mais comum, é uma crença imaginária que se baseia na credulidade daqueles que a aceitam.


TRABALHO DE: SILVANA SOARES BARBOSA





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